quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Olhe para o vento, consegue ve-lo? ele tem cores, as verdadeiras cores da harmonia que voce transmite nesse exato momento. Existe uma abertura em cada parte que voce olha que com certeza liberta, liberta do mal, coisas ruins e tudo se transforma em paz.. hoje voce conseguiu trazer paz em um ambiente. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Monkey..


O que é preciso para ser feliz? Uma pitada de sal ou açucar?  Com gelo de preferência..!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A menina que parou o mundo e construiu a Lua com os pés.


                                                                  CAPÍTULO V

 

Continuando..

Ainda estou acordada na mesma noite com meu avô olhando para o céu, maravilhada com as luzes do chamado "céu estrelado" ..encantada! Queria relatar tanto detalhes, mas tenho que ser mais direta nos meus assuntos ou acabarei confundindo a cabeça de vocês. É emocionante falar da minha infância, se bem que não dei nem meus primeiros passos ainda e estou sonhando como uma adolescente. Dizem que eu tenho um cérebro super avançado, será? Acho que não, só tenho sonhos! Mas vamos caminhando não quero mudar os caminhos da minha história, como vocês sabem sou um pouco histérica acabo "enfiando" assuntos do meu dia a dia na história, adoro fazer isso, espero que não se incomodem com minhas atitudes.. Nesta noite com meu avô aconteceu algo surpreendente, acreditem soltei minha primeira palavra, minhas cordas vocais começaram a ser treinadas pouco a pouco, antes só chorava ou gritava e agora soltei algo coeso.. que exagero! Adivinhem o que disse? Acho melhor não contar agora, minha intuição diz para deixar um pingo de dúvida por aqui, vou segui-la. A sensação a vontade de dizer era tanta que parecia ter esvaziado meus pulmões que eram pequenos, sentia tanta ancia de dizer que segurei todo meu fôlego e larguei no mesmo instante que saiu de minha pequena boca que ao soar a palavra parecia ter ficado maior que a da Angelina Jolie.. Penso comigo mesma, das repetidas vezes que ouvi, meus neurônios assimilaram a palavra e armazenaram em algum lugar no meu cérebro. Hoje em dia até quando escrevo em meus cadernos na minha escola tenho tanto cuidado quando vou fazê-la que chego a desenhar as letras uma por uma, minhas coleguinhas reclamam quando pegam meu caderno porque a cada cinco páginas três delas tem escrito nas bordas com canetinhas coloridas. Dizem elas: "..mas tu gostas dessa palavra.." Claro que gosto, não imaginam o significado que a palavra ".." acharam que eu entregaria o ouro tão fácil assim? Não vou dizer, pensem um pouco..! Mas voltando para o dia do "céu estrelado".. meu avô confessou a mim porque admirava tanto o céu principalmente a noite, dizia ele que o céu era o portal dos desejos e sonhos, aprendeu a fazer pedidos por ali. Só basta ter a chave certa para encontrar os caminhos pelas estrelas até chegar na Lua. O primeiro pedido que fez foi sentado na sua cadeira de balanço. Sua Teoria era: ".. embalando a cadeira onze vezes para frente depois de fazer seu pedido uma estrela cadente cairia e realizaria seu sonho ou desejo.." Apelidei de "Teoria do Vovô"

-  Quando era jovem queria encontrar uma garota que demonstrasse nos olhos a pureza. Afirmou ele.

Digamos que antes de se casar meu avô era rígido, procurava alguém com muitas qualidades e que pensasse da mesma maneira que ele. Foi então que ocorreu seu primeiro pedido. O que aconteceu? Aparece em sua vida um ano depois a jovem garota que tanto esperava. Uma das coisas que mais chama atenção para mim nesse senhor sonhador é a sua calma, paciência de esperar. Coisa que eu não tenho e ele tenta me ensinar toda vez que vou visitá-lo.. Desde esse época ele valoriza muito as noites, principalmente quando está no período da Lua Minguante. Passei a entender o porquê de estar ali com ele quando o conheci. Sabe o mais engraçado? Comecei a sentir a cadeira balançar e contei cada uma das vezes e fechava onze certinho. Toda vez que fechava a ultima havia um grande intervalo, uma pausa onde ele olhava para cima e sorria e os seus olhinhos de japonês que se fechavam. Queria saber se ele estava pedindo algo ou apenas pensando, mas deduzi que sim ele só poderia estar pedindo algo. Fez três vezes consecutivas os mesmo movimentos e apontou com seus dedinhos gordinhos para o céu e soltou uma risada linda. No mesmo tempo soltou uma lágrima que caiu em meu rosto, senti o calor das gotas a sua emoção dentro de mim mesma. De repente, colocou-me diante de seu peito, escutei seu coração bater aceleradamente e foi então que ele disse: ".. Eu sabia.." Adormeci em seu colo e só despertei no dia seguinte com a luz do sol batendo em meu rosto. Senti falta de minha mãe, queria chamar minha avó e dizer para ele o que eu estava desejando. Mas olhem só que coincidência veio ela dizendo que minha mãe havia ligado e avisando que na terça feira um feriado estava por vir e ela passaria dois dias comigo já que no final de semana não pode me ver. Logo após lembrei de meu avô e queria vê-lo mas não estava mais por perto, procurei por todos os cantos da casa, só veria ele novamente no outros final de semana. Voltando na manhã de segunda feira, dia 21 de dezembro os raios de luz mostravam a beleza do dia, ventava pouco e estava super quente, eu e minha querida avó fomos andar pelo campo verde, uma delicia. Super agradável, ouvia o som dos pássaros cantando e sentia os pés de dona Sofia pisando nas folhas secas que caíram das árvores, adorava aquele estralo das folhas quebrando ao meio. Sabem o que percebi? Minha vida começou por ali, foi baseado em histórias de pessoas mais velhas que aprendi as coisas que trago comigo até hoje. Independente da idade as mentes pensam da mesma forma o único detalhe que modifica uma pessoa da outra é a beleza exterior que muda conforme o tempo, mas por dentro desde quando conhecemos alguém a beleza interior não muda por mais que o tempo passe. Aprendi com quem? Com a convivência.. com a minha própria forma de viver e tornar as coisas reais. Foi desta forma que encontrei as qualidades dentro de mim e quero mostrá-las com o tempo em cada folha de meu caderno assim como estou fazendo agora. E aí, descobriram a minha primeira palavrinha ou está difícil? Calma, só revelarei no próximo capítulo..

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Justo ou Injusto? Não somos nós que decidimos, infelizmente.

Querem a nossa interpretação, grau de raciocinio.
Querem saber até aonde um jovem é capaz de ir.
Querem testar a inteligência de pessoas adultas e mais velhas.
Querem o nosso tempo e determinação.
Querem testar a nossa capacidade de correr atrás de nossos sonhos.
Querem relatar a realidade, mostrar o mundo em que vivemos através de uma folha.
Querem descobrir o que há por dentro de nossas mentes.
Querem ver pessoas correndo nas ruas com pressa de chegar.
Querem alunos estudiosos que acertam mais de 75% de uma prova.
Querem verdadeiros exemplos, um ser humano capaz de entender o que vem escrito nas entrelinhas?

Engraçado, querem tanto de nós. Agora veja, onde foram parar os nossos conceitos, conhecimentos e tudo que eu englobei no texto?

Querem acadêmicos formados ou palhaços de CIRCOS que fazem o mesmo número pra conseguir o que querem?

Assim fica complicado.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A menina que parou o mundo e construiu a Lua com os pés.

                                                                         

                                                              CAPÍTULO IV

            


                                                        


          Acabei de acordar, assustada com meu primeiro sonho só queria voltar a fechar os meus lhos e lembrar o que havia passado há pouco tempo. Tentei uma, duas, três vezes, mas não tive sorte. Não era a mesma coisa só conseguir enxergar o negro, aquela escuridão das noites passadas. Voltando a realidade, mal eu esperava um dos dias mais loucos da minha existência. Fim de semana e dizia minha avó: - Domingo é dia de ligar a televisão, deitar de barriga para cima, colocar o pezão em cima do braço do sofá e descansar. Nunca vi alguém valorizar tanto o domingo como ela, é sagrado. Dia onde ninguém faz nada a não ser erguer uma xícara de chá, seu esforço máximo. Mas naquele momento havia algo estranho com ela, seus olhos brilhavam toda vez que se direcionavam a janela, até a maneira com que falava comigo mudava, tudo tinha um sentido "bom". Vocês meus caros leitores, tinham que ver quando ela secava a louça, algo que ela detesta fazer, tem dias que a pia enche de talheres e ela não guarda, uma beleza. E o engraçado é que nesse dia ela cantava canções de amor, nunca tinha visto algo tão romântico saindo de sua boca. Imaginei na mesma hora. Tem algo! E adivinha? O novo personagem da minha história, galã o verdadeiro Richard, ator principal da vida, pelo menos da minha. Quem seria? Calma, já já conto para todos. Desde bebe de berço eu calculava, vejam só uma criança superdotada. Sabem por quê? Como existia mamãe havia alguém que combinava com ela, meu incrível papai. Então, como de costume percebi que minha avó ficava sozinha todo dia. Como não sabia falar sua língua não conseguia perguntar. Mas comecei a pensar, todos que conheço tem alguém, ela também tem isto é óbvio. Naquela tarde lembro perfeitamente, dia 20 de dezembro perto do meio dia encosta uma caminhoneta branca toda suja de barro com um homem sério de olhos puxados que ao ver pela primeira vez achei graça, senti vontade de sorrir. Aquele querido senhor saindo do carro era meu avô. Chegava todos os fins de semana bem humorado por saber que sua senhora esperaria na porta e com aquele bolo fresquinho de fubá com coberturas de chocolate que adorava. Desta vez foi diferente, estranhou não ver minha avó na porta. Mal sabia a surpresa que teria, sua netinha no colo de sua amada esperando sua chegada. Quando entrou pela porta minha avó me levava até ele no seu colo com o sorrido de orelha a orelha. Estava eu com um lençol branco sobre mim, quando chegou perto foi tirando com as mãos tremulas o pano que cobria meu rosto. Quando consegui vê-lo adivinhem o que eu fiz? Sorri aquele sorriso gostoso de neném. Ao ver, parecia um bobão sem reações olhando para mim. Suas mãos mal sabiam onde me tocar. Foi ao meu rosto, pernas, braçinhos finos e pegou justo nos meus dedinhos. Sentia suas mãos suarem. Acho que meu sorriso enfeitiçou aquele homem, um marmanjo, pois só faltava babar em minha roupa, que alegria. Dizia ele: - "Fui abençoado com esta loirinha dos olhos claros." Como não havia me visto ainda já fui formando minha caricatura por meio de palavras. Fulano falava que meu nariz era desenhado e parecia com o da mamãe. Cicrano dizia que minhas pernas eram grossas e gostosas de apertar. E por aí caminha a situação. Achava incrível como diziam a palavra "anjo" para mim, tudo era meu anjo ou minha anjinha. Por isso admiro tudo que vem das alturas.. Voltando a questão do "senhor da minha avó" o fato é, ele não parava de perguntar para minha avó: - Já deu mamadeira para a neném? Trocou? Lavou? Quanta preocupação para quem havia acabado de conhecer alguém naquele mesmo dia. Estava sentindo uma importância a mais Até então ninguém perguntava tanto sobre minha pessoa. Ariel Bastos com seus 52 anos casado com dona Sofia de 50 anos. Carregando sua pequena barriga sentado na cadeira de balanço na área ficou a tarde inteira lá sem falar uma palavra, não recebi sua atenção e me senti excluída. Mas para minha surpresa ao anoitecer pegou-me no colo pela primeira vez e voltou a sentar no mesmo lugar. Lá balançava a cadeira lentamente para trás e para frente. Começou a conversar comigo de uma maneira que ao lembrar fico emocionada. “Dizia ele: A vida é como um quebra cabeça de 500 mil peças, cada uma dispersa da outra. Quatro cantos principais que ao serem encontrados facilitam os caminhos para qualquer outra. Bata paciência, (paz + ciência). Assim é a vida, com paz, amor, felicidade e inteligência. Estes são os pontos para um sucesso, o seu sucesso minha querida.." Fiquei pasma, só não chorei porque naquela idade não entendia de emoções. E novamente ele.. "aprendia a viajar olhando para o céu estrelado.." Aponto para o alto e não acreditei no que estava vendo, era meu sonho tornando-se realidade. E naquela noite, no colo de meu querido e amado avô eu descobri que não encontrei um simples homem e sim o meu super herói. Continua no próximo capítulo..